Não tenho mais nada para aprender aqui, A areia movediça engole meus pés, O relógio solta o ponteiro, E a hora começa a chegar. Não tenho, Dei de mim, Tirei de mim, A a mim regressaram as raízes do firmamento, E o tempo já começa a secar. Não tenho mais nada para ver aqui. MaisContinuar lendo “Ponteiro solto”
Arquivos do autor:Lenny Dias
Areia Movediça
O fio se vai rompendo, Pela magia, O vulnerável se expressa. Faminta é a causa, Que ganha lugar no que se transcende, No que vai ficando longe, (In)tocável. O fio, essa voz que comanda, No silêncio, E pela madrugada rasga os véus da (im)possibilidade, Se estica, Para se corromper, No vazio, Que se encheu deContinuar lendo “Areia Movediça”
O viajante (sabe)
A manifestação de quem nós somos também se manifesta pelas dúvidas e pelas perguntas que se auto-coloca ao longo da jornada. Até para questionar o concreto e o coerente, é necessário no viajante silencioso, o espírito da procura que escala as montanhas dos seus próprios porquês. Se a vontade de conhecer os seus próprios sentimentosContinuar lendo “O viajante (sabe)”
Sou (nada)
Não sei nada. Sou uma eterna aprendiz da vida. Não posso ensinar a ninguém aquilo que eu própria não sei. Não sou mestre. Sou uma Alma aberta. Sonhadora. Questiono e quero ver. Ir para experimentar. Experimentar para saber. Os gostos os desgostos, tudo é alegria da vida. Tudo vem, tudo vai, tudo em mim seContinuar lendo “Sou (nada)”
Vento
Porque se pudesse tocar o meu coração, essa sensibilidade ia ser sentida. O canto, esse canto que imerge do suave desejo de abraçar a serenidade e a pureza de um encantamento que silenciosamente se mescla nas infinitas formas de querer… O abraço. O sussurro. O toque sensível do poro que respira franqueza, abertura, permissão… oContinuar lendo “Vento”
A prática da fantasia…
A vida prática é tão diferente da fantasia. É por isso que eu amo a fantasia e que eu (e nós) tenha a capacidade de a manter para o resto da minha vida. O sabor da vida quando se fecha os olhos, o deixar a mente vaguear sem pressões, sem certos e errados… viver nesseContinuar lendo “A prática da fantasia…”
Diálogo com as Estrelas
Podia contar mil um segredos ás estrelas. Sei que não se cansam. Sei que nelas há vida, mesmo que não haja uma reciprocidade directa. Existem duas coisas com quem tenho conversas intermináveis, todos os dias – a minha consciência, e as estrelas – Converso tanto comigo mesma, que às vezes me pergunto como posso euContinuar lendo “Diálogo com as Estrelas”
Lua Cheia
Nunca perfeita ! Jamais ! Quem seria eu se dissesse que o sou ?! Humilde demais para achar que rasgo as portas do céu, mas convicta demais, para saber que chão piso. Sei o que coloco em cima da mesa. Sempre. Sincera demais, para colocar o que não me pertence. Pois até na amplitude dasContinuar lendo “Lua Cheia”
Hibernus
Não me é permitido pensar nisso, pela minha natureza idealista. Vejo, cá dentro, partes de fantasia que não sei se alguma vez se vão tornar reais. Sinto as mesmas sensações, que sinto quando cai o inverno sobre a atmosfera – o frio – alguma coisa me liga, mesmo na distância infinita da realidade que mergulhaContinuar lendo “Hibernus”
Setenta Vezes Sete
Estou com trinta. Hoje é domingo e apeteceu-me falar sobre realidades. Estava sentada, quando uma coisa me saltou à vista. Imediatamente, proferi silenciosamente, teorias acerca, teorias essas, que de repente me levaram a um excesso de realidade – sofro muitas vezes deste síndrome – excesso de realidade – já escrevi sobre ele. E entretanto lembrei-meContinuar lendo “Setenta Vezes Sete”