Não tenho mais nada para aprender aqui,
A areia movediça engole meus pés,
O relógio solta o ponteiro,
E a hora começa a chegar.
Não tenho,
Dei de mim,
Tirei de mim,
A a mim regressaram as raízes do firmamento,
E o tempo já começa a secar.
Não tenho mais nada para ver aqui.
Mais nada para saber.
Meu ensinamento se descreveu em livro dourado,
O que foi, foi,
O que não foi, não foi,
E o que se vai,
A ir está.
O livro dourado da Alma bendita,
Está escrito,
Selado com fita,
E a areia movediça o vai colher para si.
O tempo são grãos de areia.
Nós somos grãos de areia,
Entregues à vontade da vida,
A essa inteligência divina que sopra sem a gente contar.