O viajante (sabe)

A manifestação de quem nós somos também se manifesta pelas dúvidas e pelas perguntas que se auto-coloca ao longo da jornada. Até para questionar o concreto e o coerente, é necessário no viajante silencioso, o espírito da procura que escala as montanhas dos seus próprios porquês. Se a vontade de conhecer os seus próprios sentimentos o acompanha, ele sempre se revelará com desejo de que essa manifestação se presenteie nele mesmo, pois através do fundo das suas emoções, ele explora a dádiva da vida e fertiliza o seu solo, que é o seu coração, o seu conhecimento e a sua fé. A direcção mais alta do seu olhar é o lugar honesto onde habita a sua receptividade aos ensinamentos que a sensação lhe traz, independentemente de que águas fluíram essas correntezas que lhe trazem sabedoria, vida, e mistério também: esse viajante sabe que para poder voar ás montanhas mais altas, necessita saber mergulhar nas águas mais profundas, mais lodosas, e mais escuras, que habitam nas entranhas de si mesmo, do mundo onde caminha, e do mistério maior que habita nas raízes de toda a criação.

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