Não sei nada. Sou uma eterna aprendiz da vida. Não posso ensinar a ninguém aquilo que eu própria não sei. Não sou mestre. Sou uma Alma aberta. Sonhadora. Questiono e quero ver. Ir para experimentar. Experimentar para saber. Os gostos os desgostos, tudo é alegria da vida. Tudo vem, tudo vai, tudo em mim se firma, deixando na memória de minh’Alma, lição. Conheço as coisas conforme as vou desbravando – Os livros nada me ensinam – Ensina-me a vida. Ensinam-me as pessoas. Ensinam-me as ações. Ensina-me o que me acontece e o que eu faço com o que sinto. Sou aprendiz, pois o eterno saber está precisamente no espírito de não saber – o caminhar aberto, o ser receptivo aos ensinamentos da vida, ao que a vida me quer mostrar, dizer, revelar. Olhar para as circunstâncias. Observar. Ser personagem e espectador. Misturar-se com a teia Divina. Criar cumplicidade não só com as causas mas também com os efeitos, e desdobrar-se em vontade de aprender: aprender que sou um ser vulnerável à vida, e assim quero continuar a ser. Quero ter poucas certezas, ou mesmo certeza nenhuma, pois assim continuarei a absorver. Possa eu ser tocada pela dualidade da vida e pela incerteza, sem jamais perder a fé, que o caminho é para se traçar, independentemente da paisagem da viagem, do tempo ou dos desvios.
Eu quero ir, caminhando ao meu passo, abraçando os acasos, desmistificando sobre o mistério do que é caminhar na minha própria pele, na minha própria presença – o poder de vestir a roupagem que Deus me deu – Sei lá eu, se mais algum dia serei tão eu quanto sou hoje, então hoje, aqui e agora, eu quero caminhar com a presença do meu (grande) coração.
– Caminharei, caminharei, com a fé no colo, e no coração, o inquestionável poder da vida !
OM'SATYA 