Porque se pudesse tocar o meu coração, essa sensibilidade ia ser sentida. O canto, esse canto que imerge do suave desejo de abraçar a serenidade e a pureza de um encantamento que silenciosamente se mescla nas infinitas formas de querer… O abraço. O sussurro. O toque sensível do poro que respira franqueza, abertura, permissão… o nascimento do sonho, que ainda entorpecido, já despertou. Sente-se a sua magnitude, que no lento pulsar rasga o ventre da criação, onde a sua intenção está ainda inclusa no segredo dos ventos que sopram suavemente, anunciando que no coração de Deus a intenção já se criou.
O coração que é o lugar mais sensitivo do Universo, esse já o sabe. Sinto-o, sentido. E no meu peito, as águas que manifestam a dimensão da minha sensibilidade, se movimentam, e o sol, em frente ao meu olhar, raiou.
⁃ Vento, que anuncias a chegada clandestina dos acasos da vida, passas por mim e já beijas o meu sentir.