Falei dele, a toda a gente. Não da cor dos seus olhos, mas do sabor da sua presença… Ainda hoje sabe, a algo inacabado, mas o tempo, sobrecarregado me diz, que não posso mais ficar ali.
Todos me perguntam pela sua presença.
Mas ninguém conhece a indiferença que se gerou.
Não há crença nem motivo que ao caminho convença, que devemos volver ao trilho que nos afastou.
Falei dele, a toda a gente. Com a inocência de uma emoção a emergir.
Se eu soubesse que o trilho era curto, chamaria mais a razão a agir.
Mas o tempo quebrou, a mim, e à vontade também,
A verdade surgiu, e mostrou quem é quem.
Falei dele a toda a gente,
Contei da vontade que havia inerente,
Do meu sorriso transparente, que mostrava a vontade de querer ficar ali.
Falei…
E do conto que eu contei, só o silêncio restou…
Hoje ninguém se importa.
O tempo acabou.