O que é, para nós, de forma individual, definido por “realmente valer a pena” ?! Já pensaram nisso ? De verdade ? De forma reflexiva e profunda ?

O que dizemos sobre o “valer a pena” não estará definido pelos nossos padrões de comodidade, de satisfação das nossas matrizes do ego, delineado pela nossa aceitação e até pelas nossas limitações subjugadas pela nossa personalidade ?! É, talvez …
E se o que realmente “vale a pena”, for tudo aquilo contrário ao nosso conhecimento ?! E se for tudo aquilo a que não estamos habituados, que não nos é familiar ?!
É. Faço essa questão quase diariamente na minha vida, em várias circunstâncias. Porque ás vezes temos medo de tomarmos as decisões erradas, porque achamos que não vale a pena. Na verdade, e após reflectir sobre muitas experiências na minha vida, cheguei a uma altura a qual já compreendi que o desafio não são os outros, mas sim nós mesmos, e começamos a aprofundar, percebendo cada vez mais que, o que realmente vale a pena, não é nada do que está dentro das nossas definições de aceitável, mas sim, precisamente, tudo aquilo que não vai ao encontro dessas mesmas definições, porque o que realmente vale a pena, é tudo aquilo que tem a capacidade de (nos) transformar para algo diferente, e provavelmente melhor. Então eu concluo quase garantidamente que o que mais vale a pena, é aquilo que nos vai convidar a mudar as nossas “formas”, as nossas estruturas, a alterar alguma coisa, a expandir, a evoluir – isto sim, vale realmente a pena !
Tudo na vida é aprendizagem, sem dúvida. Mas algumas aprendizagens trazem exactamente as mesmas conclusões. O que aprendemos de novo, quando nos deparamos com aquilo que já sabemos ? Nada.
Tudo aquilo que não é confortável, que não é “familiar”, é diferente, e portanto comporta uma grande probabilidade de nos fazer saltar da caixa quadrada e pouco ajustável, em que vivemos.
Por isso, arrisquem saltar fora da caixa.
Provavelmente não vão querer voltar para dentro, não mais.