Pessoas, e Eu

Eu gosto de pessoas, sim, mas até a uma certa distância. Eu gosto de criar ligações com elas, mas não gosto que rocem demasiado na minha intimidade, nos meus pensamentos profundos. Eu prefiro guarda-los para mim mesma, e conversar comigo mesma. Não gosto muito que as pessoas toquem meus sentimentos intensos, nem tão pouco permito essa proximidade a qualquer pessoa, o meu instinto natural de apatia com as aproximações por falta de confiança no ser humano, impede naturalmente que deixe as pessoas tocarem meu mundo interno, não quer dizer que, as poucas que tocam, as vezes sejam as certas… ás vezes, também erro nas permissões.

Isto de gostar de seres humanos para mim é uma complexidade, porque gosto de pessoas, mas ao mesmo tempo gosto de me manter distantes delas… existe algo profundo em mim, que sabe que o ser humano é uma criatura ambígua, dúbio, confuso, indefinido, enigmático, e captar a disfunção entre a mente e as emoções das pessoas, me faz cada vez mais criar um mundo próprio, que de certa forma me distância da intimidade com o exterior.

Confio na intimidade que tenho comigo mesma, e ainda assim, todos os dias, estas disputas íntimas se tornam encontros heterogéneos, “sui generis”, com as minhas próprias emoções – é um des-compartilhar o mundo demasiado próprio para comigo mesma, pois minhas visōes não podem ser percebidas por toda a gente, apenas pela minha própria consciência…

Porém, na intimidade individual de cada ser, consigo mesmo, todos nós, todos os dias, nos estamos a conhecer um pouquinho mais, e esse, talvez seja o nosso maior  encontro na vida !

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