
Talvez,
Todos os excessos,
Sejam coisas tão perigosas,
Que alucinam.
Tiram-(te) para fora da realidade,
Pelo exagero.
E no exagero,
Não existe clareza.
E sem clareza,
Não há equilíbrio.
E sem equilíbrio,
Não há verdade.
E sem verdade,
…
Não existe nada.
– E eu às vezes me questiono, de que perspectiva se pode ver o “nada” ? É o vazio que comporta a falta de alguma coisa, ou o vazio, onde existe espaço para tudo ? Então talvez a questão não seja olharmos para a quantificação das coisas, mas para a oportunidade de acção, que o “nada” pode gerar. Não interessa a quantidade de nada. Interessa a intenção de tudo. E o espaço, se adapta ao tamanho da intenção. A intenção, é uma força geradora – ela cria (espaço) ou descria (torna o espaço inexistente).
Podemos capturar a verdade de alguma coisa, no seu equilíbrio. Os exageros ocupam totalmente o espaço existente, saturando-o, gerando a necessidade de criar mais espaço, deturpando a intenção, alterando-a, e por conseguinte, tirando-lhe a sua verdade. Já o vazio, por vezes, é uma oportunidade – e nós olhamos às vezes para o vazio como algo sem vida. Mas ali, havendo intenção, há espaço para criar, e quando há espaço para criar há espaço para fazer ganhar vida, e isso meus amigos, é a beleza de sermos humanos – criamos coisas invisíveis que se movem e fazem movimentar, que tem a potencia de uma bomba atómica in vitro – os pensamentos, e as emoções, e isso, não há maquina alguma que o faça por nós – Somos criadores, geradores, e infelizmente também, destruidores de tudo o que conseguimos criar.
As polaridades são difíceis !